Em 3 de fevereiro, a Força Aérea Brasileira (FAB) celebra o Dia da Aviação de Asas Rotativas, em memória de um feito histórico ocorrido em 1964. Nessa data, os então 1º Ten Av Ércio Braga, 1º Ten Av Milton Naranjo, 3º Sgt João Martins Capela Junior e 3º Sgt Wilibaldo Moreira Santos realizaram o primeiro resgate em combate pela FAB, no contexto da missão de paz da ONU na República do Congo. A bravura desses militares marcou o início de uma tradição de heroísmo na aviação de asas rotativas.
O Dia da Aviação de Asas Rotativas é uma homenagem a um episódio marcante na história da FAB, que ocorreu em 3 de fevereiro de 1964. Na República do Congo, durante uma missão de paz da ONU, os pilotos da FAB enfrentaram o desafio de resgatar tripulantes, missionários e freiras ameaçados por rebeldes fortemente armados. Esse evento singular destacou o papel crucial desempenhado pela aviação de asas rotativas em situações de resgate e combate.
A Missão de Salvar Vidas.
A FAB, ao longo dos anos, estabeleceu-se como uma força aérea de excelência, e o Dia da Aviação de Asas Rotativas destaca a coragem e o profissionalismo de uma geração de militares que dedicaram suas carreiras nas operações aéreas, manutenção das frotas de helicópteros e formação de novos tripulantes. A missão no Congo foi especialmente intensa, com pilotos realizando dois a três resgates por dia. Enfrentando ataques de tribos rebeldes e operando em condições desafiadoras, esses militares foram responsáveis pelo salvamento de mais de 100 missionários, deixando um legado de bravura e dedicação.
A Força Aérea Brasileira
A frota de Asas Rotativas da FAB inclui o Esquilo H-50, Black Hawk H-60, Caracal H-36, além das variantes VH-35 e VH-36 Caracal. Cada uma dessas aeronaves desempenha papéis distintos, abrangendo missões de busca e resgate, transporte logístico, evacuação aeromédica e apoio a operações especiais. Destaca-se o Esquadrão Falcão, baseado em Natal, responsável por evacuações aeromédicas e apoio a eleições, demonstrando a versatilidade da frota em situações diversas.
O Esquadrão Poti, em Porto Velho, destaca-se por sua atuação ao longo da fronteira terrestre, com a transição para o Black Hawk H-60 e adaptação às novas missões. A frota H-36 Caracal, operada pelo Esquadrão Puma no Rio de Janeiro, contribui não apenas para operações militares, mas também em ações civis, como buscas e resgates em áreas de risco.
O Esquadrão Harpia, em Manaus, utilizando o H-60L Black Hawk, desempenha papel crucial em missões de busca e salvamento, evacuação aeromédica e apoio a operações especiais na região amazônica. Já o Esquadrão Pelicano, em Campo Grande, mantém a tradição de salvaguardar vidas, utilizando as aeronaves SC – 105 Amazonas e H-60 Black Hawk para busca e salvamento, socorro em voo e evacuação aeromédica.
O Esquadrão Gavião, na Base Aérea de Natal, é fundamental para o treinamento e especialização de pilotos em asas rotativas. Por fim, o Terceiro Esquadrão do Grupo de Transporte Especial (GTE-3), em Brasília, destaca-se por sua missão de transportar o Presidente da República, utilizando as aeronaves EC-135 e EC-725.
Editorial
A diversidade de missões desempenhadas pelos Esquadrões de Asas Rotativas da FAB destaca a importância estratégica dessa modalidade de aviação. Além das operações militares, a contribuição em situações civis, como evacuações aeromédicas e apoio a operações especiais, demonstra o compromisso da FAB com a segurança e bem-estar da população.
A celebração do Dia da Aviação de Asas Rotativas destaca a resiliência e a dedicação destes profissionais, que enfrentam desafios e riscos em suas missões. A história do resgate no Congo é um testemunho da capacidade da aviação de asas rotativas em superar adversidades, salvando vidas e contribuindo para a segurança e o bem-estar da população brasileira.
Aos Rotores!
