Associações de operadores de passeios aéreos de helicóptero continuam a resistir contra novas regras que afetam a condução de passeios em parques nacionais. Membros da Helicopter Association International (HAI), representante global da indústria de helicópteros, testemunharam perante o Congresso, solicitando aos legisladores que incentivem a FAA (Administração Federal de Aviação) e o Serviço Nacional de Parques a reconsiderar regras que limitam ou proíbem operações de passeios aéreos sobre certos parques nacionais.
A discussão sobre os planos de gerenciamento de passeios aéreos (ATMPs) está em andamento há algum tempo, com operadores preocupados que novas regras irão restringir o espaço aéreo sobre os parques a ponto de prejudicar seus negócios. Em junho, a HAI pediu aos membros que comentassem sobre os ATMPs propostos para quatro parques em dois estados: Parque Nacional dos Vulcões do Havaí e Parque Nacional de Haleakalā no Havaí, e Parque Nacional de Badlands e Memorial Nacional de Mount Rushmore em Dakota do Sul. Agora, o grupo pede ao Congresso que tome medidas para reduzir as restrições planejadas.
A NPS (Serviço Nacional de Parques) e a FAA completaram ATMPs para o Parque Nacional de Badlands e o Memorial Nacional de Mount Rushmore, exigindo que operadores de passeios aéreos “conduzam todos os passeios aéreos a mais de meio quilômetro da fronteira do parque ou voem a 5.000 pés acima do solo quando sobrevoando o parque.” As regras visam “proteger os recursos naturais e culturais do parque, sítios sagrados tribais e áreas cerimoniais, e a experiência do visitante, dentro dos limites do ATMP.”
Operadores de passeios buscam mais discussões, observando que os planos para Badlands e Rushmore foram elaborados precipitadamente e podem tornar suas operações economicamente inviáveis. Eles apontam para questões de segurança, como rotas de passeio que conflitam com aeroportos e instalações militares próximos, permissão para aeronaves voarem a 500 pés de distância umas das outras, falta de consideração para condições meteorológicas e ausência de comunicação coordenada por rádio nas áreas.
Até o momento, o Congresso parece ser simpático aos operadores de passeios aéreos. Em um memorando, o Subcomitê de Fiscalização e Investigações da Câmara de Recursos Naturais discutiu as desvantagens dos ATMPs mais recentes, incluindo potenciais efeitos econômicos adversos. O subcomitê concluiu que “é necessário um maior empenho do Congresso para corrigir o processo ATMP.”
Essa resistência destaca a importância de equilibrar as restrições propostas visando a proteção ambiental com os impactos econômicos para as comunidades locais e a indústria de passeios aéreos, exigindo uma abordagem mais cuidadosa na elaboração dessas regulamentações.
No contexto Amazônico
No Brasil o regulamento para voos panorâmicos segue certificação e requisitos operacionais que estabelecem as diretrizes para organizações que oferecem serviços aéreos especializados públicos na modalidade de voo panorâmico (SAE-panorâmico). Aplica-se exclusivamente a pessoas jurídicas que desejam prestar SAE-panorâmico e não se estende a organizações operando sob o RBAC nº 121 ou 135, as quais podem conduzir voos panorâmicos mediante o cumprimento dos requisitos de sua certificação.
Até o momento, não existem restrições de voos em parques nacionais no Brasil; no entanto, com a introdução dos Carros Voadores (EVTOL), seria necessário refletir sobre a ocupação humana em áreas protegidas por leis ambientais. É importante ressaltar a necessidade de preservação dos recursos naturais e culturais presentes na biodiversidade de nossas reservas naturais, especialmente no contexto da Amazônia, a medida que a tecnologia avança e a presença humana aumenta.